Como parar de se cobrar tanto para criar conteúdo e focar no que realmente importa

Se você cria conteúdo, já deve ter sentido aquele peso de querer entregar sempre algo valioso. Parece que cada post, vídeo ou texto tem que ser o melhor possível, com informações incríveis que vão mudar a vida de quem está vendo. Mas vou ser bem sincero: não dá para fazer isso o tempo todo, e tudo bem. A cobrança excessiva pode acabar com sua criatividade e tirar a diversão de criar.
Sabe o que realmente importa? Pessoalidade. E isso é algo que você pode (e deve) colocar em tudo o que faz. É o toque que vai conectar você com sua audiência de um jeito único. As pessoas querem ver quem você é, sua maneira de pensar, e é isso que torna o conteúdo especial, não só o valor que ele entrega. Vamos falar sobre como parar de se cobrar tanto e focar no que realmente faz a diferença.
O problema de querer entregar valor sempre
Vamos começar com uma verdade: nem todo conteúdo precisa ser incrível. Às vezes, queremos tanto fazer algo impactante que esquecemos que, no fim, o que importa é a consistência e a conexão. Quando você se cobra demais para entregar valor em cada publicação, isso pode criar um bloqueio criativo. Sabe aquele momento em que você senta para escrever ou planejar um vídeo e nada sai? É a cobrança falando mais alto do que a sua criatividade.
Criar com autenticidade é mais importante do que sempre ter o conteúdo mais inovador. As pessoas querem se sentir conectadas a você, e não só à informação que você está passando. Claro, informações úteis são legais, mas é a sua visão, o seu jeito de falar, que vai fazer a diferença.
Certa vez, eu passei 9 horas criando um carrossel
Deixa eu te contar uma história que ilustra bem esse ponto. Uma vez, eu estava criando um carrossel para um Instagram. Eu juro que passei 9 horas para criar aquele carrossel. Eu achava que aquele conteúdo ia bombar. Investi tanto tempo e energia nele que tinha certeza de que seria um sucesso.
Só que o resultado foi totalmente o contrário do que eu esperava. O carrossel flopou. Pouquíssimas interações, baixíssimo engajamento. E sabe o que foi mais frustrante? Um outro conteúdo que eu tinha feito em 10 minutos, bem simples, performou muito melhor.
A grande diferença entre os dois? O de 10 minutos, apesar de ter menos “valor” no sentido tradicional, era mais útil e direto. Eu coloquei algo prático que o público precisava naquele momento. Não fiquei me preocupando em fazer algo perfeito ou super complexo. Ele foi direto ao ponto, e isso fez toda a diferença.
Essa experiência me ensinou que nem sempre o conteúdo mais elaborado vai ser o mais eficaz. Às vezes, a simplicidade e a pessoalidade são o que mais ressoam com o público.
Por que pessoalidade é o segredo
Eu já falei que a pessoalidade é essencial, mas o que isso realmente significa? Pessoalidade é colocar um pouco de você em tudo o que faz. Pode ser o jeito como você escreve, fala, ou até a escolha das suas palavras. Isso cria uma conexão emocional com sua audiência. Eles passam a te conhecer melhor e a confiar mais em você. E a confiança é a chave para construir uma relação verdadeira com seu público.
E tem mais uma coisa: só você pode ser você. Isso parece óbvio, mas é uma verdade poderosa. No mundo dos criadores de conteúdo, onde parece que todo mundo está fazendo a mesma coisa, o que vai te diferenciar é a sua autenticidade. As pessoas se conectam com histórias, com emoções, com a vulnerabilidade de quem está do outro lado.
Como colocar mais de você no conteúdo
Agora, você deve estar pensando: “Tá, mas como faço isso na prática?” Aqui estão algumas dicas simples para deixar o seu conteúdo mais pessoal:
- Use sua própria voz: Não tente escrever ou falar como alguém que você admira. Claro, é bom se inspirar em outras pessoas, mas o seu jeito de se comunicar é o que vai criar uma conexão real.
- Compartilhe suas histórias: As pessoas adoram ouvir histórias. E não precisa ser algo super grandioso. Pode ser uma experiência do dia a dia, algo simples que ajude a ilustrar o ponto que você quer passar.
- Mostre suas vulnerabilidades: Não tenha medo de mostrar que você também tem desafios. Quando você compartilha seus erros, medos ou frustrações, cria um senso de humanidade que aproxima as pessoas.
- Fale diretamente com seu público: Ao invés de escrever algo genérico, imagine que você está falando com uma pessoa específica. Isso vai deixar o seu conteúdo mais íntimo e real.
A diferença entre valor e pessoalidade
Há uma grande diferença entre valor e pessoalidade, e esse é o ponto que quero destacar aqui. Valor é aquele conteúdo que resolve um problema, ensina algo novo ou oferece uma solução prática. É importante porque responde diretamente às necessidades do público e entrega o que ele está buscando. Só que, muitas vezes, conteúdos puramente técnicos acabam sendo esquecidos, já que outras pessoas podem oferecer a mesma informação.
Pessoalidade, por outro lado, é o que dá vida ao conteúdo. É quando você compartilha suas histórias, experiências, ou até mesmo suas dificuldades. Isso transforma o que seria apenas mais uma explicação técnica em algo mais próximo e humano, criando uma conexão com quem está lendo. É isso que faz o conteúdo se destacar.
Por exemplo, imagine que você está explicando como usar uma ferramenta de marketing digital. Se você apenas mostrar o passo a passo de como a ferramenta funciona, o conteúdo será útil, mas pode não ser memorável. Agora, se você adicionar uma experiência pessoal, como uma situação em que essa ferramenta te ajudou ou os desafios que enfrentou ao usá-la, o conteúdo se torna mais interessante. O leitor vai se identificar com você, entender que você já esteve no lugar dele, e isso cria empatia.
No final das contas, a pessoalidade é o que torna o conteúdo único e faz com que ele seja lembrado. Mesmo que a informação seja simples, ao incluir seu toque pessoal, você está mostrando um lado mais humano. E é isso que vai diferenciar o seu conteúdo de tantos outros por aí.
Não se cobre tanto: criar conteúdo é um processo
Outra coisa importante: não se cobre demais. Criar conteúdo é um processo, e ninguém acerta sempre. Às vezes, você vai postar algo que não tem o impacto que esperava, e está tudo bem. O que realmente importa é a consistência e a evolução ao longo do tempo. Cada peça de conteúdo que você cria é um passo a mais na construção da sua marca, da sua conexão com o público.
Errar faz parte. E quando você para de se preocupar tanto com a perfeição, fica mais fácil criar. Lembre-se de que o público está acompanhando a sua jornada, e não só esperando a próxima “obra-prima.”
Foco no que realmente importa
No fim das contas, o que importa é quem você é e como você se comunica com o mundo. Não é sobre criar o conteúdo mais valioso o tempo todo, mas sim sobre criar algo que reflita a sua verdade. Quando você foca nisso, fica muito mais fácil criar com autenticidade, sem aquela pressão sufocante de que tudo precisa ser perfeito.
Pare de pensar que só os conteúdos com muita informação técnica têm valor. Às vezes, o maior valor que você pode entregar é uma história pessoal, uma experiência, ou até uma risada. Isso é o que vai conectar você ao seu público de verdade.
A jornada é mais importante que o destino
Chegamos ao fim desse papo, mas antes de finalizar, queria recapitular uma coisa importante: não se cobre tanto. Criar conteúdo deve ser algo prazeroso, uma forma de expressar quem você é e conectar com pessoas que compartilham dos mesmos interesses que você. Quando você tira a pressão de entregar valor o tempo todo, dá espaço para a criatividade fluir.
Lembre-se de que a pessoalidade é o que faz seu conteúdo único. Cada vez que você coloca um pouco de você nas suas criações, você está se destacando. E, no fim, o público vai lembrar de quem você é, e não só do que você ensina.
Espero que essas ideias ajudem você a se libertar um pouco dessa pressão e aproveitar mais o processo de criação.